“O ano de 2024 passou e parece que muitos esqueceram tudo aquilo que sofremos”, alerta deputado Pasin

Durante sua participação, deputado destaca que o desassoreamento é uma solução permanente e essencial para evitar desastres naturais futuros, como enchentes, e pediu agilidade nas políticas públicas

O deputado estadual Guilherme Pasin (Progressistas)fez um alerta contundente sobre a urgência das políticas de desassoreamento no Rio Grande do Sul, durante sua participação no seminário “O desassoreamento de rios no estado do RS – De Urgência a Emergência no Pós-enchente”, realizado nesta segunda-feira, 24, na Assembleia Legislativa. O evento foi promovido pelo gabinete do Deputado Capitão Martin (Republicanos) e reuniu especialistas e autoridades para discutir o impacto do desassoreamento na prevenção de enchentes e desastres naturais.

Pasin iniciou sua fala destacando a importância de agilidade nas ações para evitar que tragédias como as recentes enchentes voltem a se repetir. “2024 passou e parece que muitos esqueceram tudo aquilo que sofremos”, enfatizando a necessidade de tratar o desassoreamento como uma prioridade permanente, uma vez que os rios do Estado continuam sendo um risco constante para a segurança das comunidades ribeirinhas.

Conforme o parlamentar, o processo de desassoreamento em rios e arroios do estado é essencial para garantir vida aos municípios ribeirinhos e, por isso, precisa ser feito constantemente. “Não é uma chave que gira e resolve tudo de uma vez. O desassoreamento é uma atividade permanente que precisa ser concebida por nossa sociedade com um orçamento específico e uma política clara. Não podemos tratar isso como uma ação pontual, mas como uma estratégia de longo prazo”, afirma o parlamentar, reforçando a necessidade de um compromisso contínuo e sustentável para garantir a segurança e a resiliência das cidades diante das intempéries climáticas.

Deputado critica ideologização em projeto de desassoreamento e defende ações urgentes

Além de enfatizar a urgência das ações, Pasin critica a ideologização que, segundo ele, tem travado o avanço de políticas públicas essenciais, como o desassoreamento. “Clamo que todos nos ajudem a fazer esse projeto andar na Assembleia Legislativa. Foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, mas depois caiu na gaveta da ideologia. Não podemos confundir ideologia com ações que buscam salvar vidas e garantir a segurança da economia das hidrovias. O tempo vai passar e, se não tomarmos atitudes agora, os problemas de amanhã serão os mesmos que vivemos em 2024”, alerta.

O deputado também aponta os avanços proporcionados pelo Programa Desassorear RS, que destinou R$ 300 milhões para 154 municípios que se tornaram elegíveis via edital. No entanto, Pasin destaca que, embora seja um bom começo, são necessários mais investimentos e a continuidade de ações na política de prevenção, para garantir que o desassoreamento seja uma medida permanente e eficaz.

No seminário, o deputado reitera que o desassoreamento deve ser tratado como uma política pública contínua, com segurança jurídica e mais recursos para garantir a estabilidade das hidrovias e o desenvolvimento das comunidades ribeirinhas. “O desassoreamento é a base para a prevenção de tragédias futuras. A nossa sociedade precisa se engajar e não repetir os erros do passado. Se não houver uma política permanente, vamos continuar sofrendo as consequências de nossa omissão”, finaliza.

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