3 de maio de 2023

Entre os parreirais da Serra

As mãos cheias de terra e pigmentadas pela uva sempre foram um símbolo do trabalho árduo – mas muito gratificante – da nossa Serra gaúcha. As belas programações oferecidas aos turistas para mostrar a Vindima, a sensação de colher uva embaixo do parreiral são exemplos da história por trás do rótulo das garrafas de vinho, dos espumantes e dos sucos. Característica dos municípios desta região, Bento Gonçalves, a Capital do Vinho, traz tudo isso em sua história. A cidade abriga diversas vinícolas e oferece passeios que permitem conhecer o processo de produção da bebida, além de degustações e visitas aos vinhedos. Para quem busca uma experiência de imersão na cultura gaúcha, a região oferece diversas opções turísticas. Sou natural de Bento Gonçalves e fui prefeito do município por dois mandatos. Conheço essa terra o suficiente pra saber que o seu diferencial está nas pessoas. Um povo ordeiro, trabalhador e grande responsável por fazer do município um verdadeiro polo turístico. Nossa terra de imigrantes italianos traz o empreendedorismo na veia. A força de quem produz e movimenta negócios que são destaque no Brasil e no mundo. Nossa indústria tem alta relevância no cenário nacional nos setores moveleiro e metalmecânico, nosso comércio é forte e pujante e nossa gastronomia é um exemplo a ser seguido. São estas referências, de uma região bem desenvolvida, que fazem de Bento e da Serra Gaúcha um dos destinos turísticos mais procurados do país. As recentes notícias envolvendo trabalho análogo à escravidão num alojamento de safristas devem ser analisadas com a devida atenção, punindo apenas os responsáveis – e não empresas centenárias cujo histórico depõem a favor, não todo um setor que sempre nos encheu de orgulho e, principalmente, não uma classe de homens e mulheres trabalhadores que enfrentaram de sol a sol a lida na terra para fazer desta uma das regiões mais prósperas do país. Entre os parreirais da Serra gaúcha passaram importantes capítulos do desenvolvimento do Rio Grande do Sul e também do Brasil. Não podemos, de maneira nenhuma, deixar que toda a história de toda uma região se perca. Generalizar é um erro grave!

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Turismo e Desenvolvimento Econômico

As ricas paisagens Rio Grande afora enchem os olhos de quem as vê. Agora, junte isso à nossa fama — a qual fazemos justiça, em grande maioria —, de povo acolhedor. Talvez por esta razão sejamos tão bairristas. Temos orgulho de quem somos e fomos abençoados com uma terra linda e próspera. Não, eu não estou dizendo que tudo em nosso estado são flores. Mas, as nossas riquezas turísticas são realmente fascinantes. O pampa gaúcho, a Serra, o charme do litoral ou ainda as paisagens cinematográficas de Cambará do Sul são motivos suficientes para que tenhamos no Turismo uma verdadeira potência para o desenvolvimento econômico. Segundo o Observatório do Turismo do Rio Grande do Sul, no ano de 2022, foram admitidos 105.939 profissionais formais no setor. Para se ter ideia, houve um aumento de 23,7% nas admissões entre 2021 e 2022. Além disso, o setor tem um impacto positivo em outras indústrias, como de alimentos e bebidas, artesanato e transporte. Outro dado relevante ajuda a evidenciar a força do setor como mola propulsora para o nosso desenvolvimento econômico. Um mapeamento da Junta Comercial, Industrial e Serviços do Rio Grande do Sul revelou que, em 2022, foram abertas 18.631 empresas de turismo, representando 8% do total de empresas em solo gaúcho. No entanto, o turismo gaúcho também enfrenta alguns desafios. A infraestrutura turística em algumas áreas do estado ainda precisa ser melhorada para atender à crescente demanda, a qualidade dos serviços oferecidos e a qualificação da mão de obra pode ser aprimorada. Exatamente por isso que protocolei, na Assembleia Legislativa, a Frente Parlamentar do Enoturismo, uma fatia importante desse setor, de hegemonia gaúcha, que simboliza a nossa disposição de termos no turismo uma potência para o crescimento da economia. Precisamos de discussões produtivas sobre os mais diversos setores do nosso estado. Cada região do Rio Grande possui vocação específica e peculiar. E eu acredito na busca de soluções por meio do diálogo. Portanto, convido as entidades do setor e sociedade civil organizada a participarem e contribuírem nesta frente.

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Precisamos investir nas pessoas

Educação e desenvolvimento econômico andam lado a lado. Um sistema educacional de qualidade capacita os indivíduos, promove a igualdade de oportunidades e impulsiona o progresso econômico. No entanto, muitas vezes, as instituições de ensino enfrentam desafios estruturais e financeiros para a implementação de programas educacionais eficientes. Para superar essa questão, alternativas como projetos de compensação de ICMS e outros impostos estaduais aparecem como caminho para investir no setor e driblar tais entraves. Medidas como essa, inclusive, podem servir para que as instituições de ensino possam qualificar suas estruturas de segurança, visto os condenáveis acontecimentos recentes em escolas do país. O melhor de tudo é garantir que parte dos tributos gerados possam ficar próximos do empreendedor e de suas comunidades. Contudo, também existem desafios. É necessário um acompanhamento rigoroso e transparente da aplicação dos recursos, garantindo que sejam utilizados de forma eficaz e para os fins apropriados. Além disso, é fundamental que haja uma seleção criteriosa dos projetos a serem apoiados para garantir o melhor resultado para a comunidade. Mas é inegável que o princípio da proximidade gera resultado mais rápido e maior sentimento de justiça tributária. Cabe ressaltar que o momento para investirmos em educação é especial, se levarmos em conta a disposição dos Poderes para este segmento. A Assembleia gaúcha e o governo do estado colocaram o tema como pauta central de suas gestões. Vilmar Zanchin, presidente da Casa Legislativa, afirmou, acertadamente, que a melhoria da infraestrutura das escolas e a valorização do corpo docente é fundamental. Já o governador apresentou as ações dos primeiros 100 dias de governo e destacou educação, ao lado de saúde, inovação, combate à pobreza e irrigação, como as prioridades do novo ciclo. Sou adepto de projetos que criam alternativas ao momento fiscal do Estado para investir na educação. Entretanto, aspiro que podemos ir além do modelo existente. A realocação de benefícios já concedidos e previstos em Lei – em parceria com o setor privado – é uma excelente opção para focarmos nossos esforços, otimizarmos os recursos existentes e garantirmos um Rio Grande mais desenvolvido. Investir na educação é investir nas pessoas. Priorizar investimento é nossa responsabilidade. E nada pode ser maior do que isso.

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